Quando tudo se ascendeu já era tarde e o que havia era uma mulher de bruço ao lado da banca, na outra esquina, a poucos metros do banco dele.
Ele, com os olhos remelentos da noite anterior, queria voltar pra casa, tomar café e dormir mais, mas não resistiu e quis vê-la. Parecia uma boneca de louça. Vestia uma saia de chita e uma blusa preta. Era aquilo mesmo chita?
O que importava mesmo era a rua deserta com os garis amanhecidos que não ligavam pra ela. Dessa vez olhou para os lados. Observou tudo e andou mais devagar. Pôs os pés perto da cintura dela, olhou para os garis e agachou:
- Hey. Você está viva?
Nada
- Me responda, ei.
Nada. Sacudiu com força.
- Moça! o que é que há?
Os garis pararam de varrer e arregalaram os olhos. A rádio comunitária desejou bom dia.
- Quem é você? - disse a mulher, virando cuidadosamente.
- Você está bem moça?
- Perguntei primeiro - disse ela.
- Não importa, pode se levantar?
- Não sei, me ajuda?
E ele a carregou até o banco mais próximo, como cuidado de olhar para os lados e conferir os poucos transeuntes .
- Já estou melhor. Foi ontem à noite...
- Sabe o que foi aquilo?
- Não sei, mas estou bem. Pode me deixar aqui.
Deu um passo pra trás e fitou os olhos dele. Os dois tinham remelas.
E aquela saia de chita, porque ele achava que era de chita? Ficou olhando pra ela, enquanto se limpava e batia na sala.
Caiu em si e foi saindo devagar. Continuou a olhar os pés e o chão, o chão e os pés, agora pensando naquela mulher deitada no chão. Ele não sabia, mas ela o acompanhou com o olhar até ele sumir no horizonte.
[continua]
8 comentários:
..[continua]????
POr que faz isso? me deixa agoniada!!
Huummm...
owww...
que noite foi essa? que foi aquilo??
beijos, ja fiz meu post do Nordeste.
essa foi vc...
minina miniiiiiiiiiiiina
kkk
bjo
>>
continua que essa história, assim, pela metade cria agústia
Estou curiosa!!! Quero mais!
Uauuuu! Agora diquei curioso pra ver a continuação. É isso aí, menina, exibindo seus poderes de escritora.
Continua...
Continua...
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