sexta-feira, julho 30, 2010

para Elias José

escrevi cem vezes o bilhete de amor
escrevi mil vezes o bilhete de amor
escrevi trocentas vezes o bilhete de amor

amor, você ainda lê bilhetes?
amor, e o som dos clarinetes?

escrevi mais uma vez o bilhete de amor
e nem virou poesia
dei-o ao franco-atirador

quinta-feira, julho 22, 2010

quinta-feira, julho 08, 2010

janela

apertado é o coração de quem ama
novidade não há para os poetas
pistas tristes, faróis vermelhos
cansamos de ter

cansado é o coração de quem ama
navalha para poucos
chuvas frias, passos silenciosos
amamos? vê...

malvado é o tempo pra quem tem
embriaguez nos sonhos todos
prédios acesos, redes vazias
distanciamos, crê?