quinta-feira, agosto 30, 2012

da psicose

medo da resposta e do acaso
medo move meio mundo
a mim paralisa
implica em porre
porradas no estômago
medo congela pés
petrifica o osso
esfria o suor
fecha o quarto
o email e peito
quem sabe
não haja antídoto
causa do medo:
efeito

receita e tal

como um bolo mágico
alquimia de cozinha e pia
minha angústia vira poesia
é uma palpitação no peito
que, eu não sei vocês, mas
em mim não há nada que
dê jeito
pílulas, cafés, caminhadas ou affairs:
tudo se sufoca, pedindo letras
rimas ricas ou pobres
meu coração choroso só sossega
quando vê seu sofrimento em
tradução, melando as linhas
machucando minha expressão
é que é danado de bom
ir esvaziando a vasilha
enchendo a forma do bolo
doce que é a vida

domingo, agosto 12, 2012

Agonia de amor

eu não devia
mas achei você
tudo pela agonia
que de dia ou de noite
assombra e aperta meu
peito e mente

eta aperto enjoado
pra acabar logo com
tudo, queria hoje
você ao meu lado

mudando minha faixa
trocando meus discos
nosso ritmo encaixa
deixando nossa música

na agonia de todo dia
rolar.

Poesia para o amor intenso

mirei e fui
nem confiei
dancei, dancei
dançamos

a noite foi salva
a cidade quem viu
o caminho era um filme
chegamos

como não vi a noite passar?
o quanto senti o coração acelerar?
desde quando ter não é ficar?

fomos nossos
eram tantos
incontáveis

guardei, mais que isso
prendi
prendi o amor no instante

agora danou-se
foi culpa da dança
a falta foi nossa

se eu não te encontrasse
não saberia dizer nunca
que de amor se sente

quando a mão procurando
segura
essa noite.