Era noite e a rádio comunitária cantava roucamente: "nosso amor que eu não esqueço e que teve seu começo numa festa de são joão..." Ele caminhava vagarosamente pelas ruas da cidade sem olhar quem vinha pela frente - pés e calçada, calçada e pés, pés e calçada, calça
- Desculpa senhora.
- Olhe por onde anda, insolente!
Nunca ninguém o havia chamado de insolente, não que ele lembrasse... e seguiu sem olhar pra frente e agora sem saber onde ia. Um barulho de buzina o fez olhar para o lado e foi quando avistou um bar; sentiu vontade de beber, mas não tinha um puto no bolso. Voltou a caminhar. Passando pela praça principal tornou a ouvir a droga da rádio comunitária: "nunca mais quero seu beijo, mas meu último desejo...
- Ahhhhhhhh!!!!!
Ficou tudo escuro. Ouviu gritos, freios, risadas, tombos; quis voltar, não conseguiu. Esfregava os olhos, mas a visão só voltava com o brilho dos faróis dos carros. Também não seguiu a intuição, ao contrário: achou com a canela um banco na praça e sentou-se para esperar a normalidade.
[continua]
8 comentários:
insolente é uma palavra belíssima. Espero a continuidade...
O que o atormenta? Já dá pra ter uma idéia, vamos ver!
>)
http://sentimentomediano.blogspot.com/
Insolentemente...
Ha,ha,ha! Acredite se quiser, mas eu também já achei um banco de praça com a canela. Como dooooi!
Atenção:
"não use drogas! isso pode causar alucinações!" hahaushausha
aguardo a continuação, anciosa diga-se de passagem.
bjos
que música linda!! hauhauhuah!! mas o texto é lindo de verdade (sem ironias)!! aguardarei a continuidade de seu fluxo...
srsr.... mal começou, e me encantou... doida pra saber do resto!
Beijos e boa semana
ainda espera a normalidade?
vai ficar sentado esperando...
hihi
beijo eijo eijo
>>
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