quando tudo dói
quando o peito brota
quando a cama aperta
só resta o verso
o inverso do alívio
outro lado do amor
quando a chuva dói
quando a cabeça cai
quando a saudade vem
só há palavra
concretude sensível
dor indizível
hipertensão
quando a noite convulsa
só a caneta salva
quarta-feira, julho 31, 2013
terça-feira, julho 09, 2013
O dia
segunda tudo para
para raio
para brisa
para nóia
tudo parado e eu ando
do final da Av. Norte
à Conde da Boa Vista
para tudo
para todos
para lisa
para um dia comum
em que a chuva não
para
para lax
para fina
invento para frases
tento parar
para raio
para brisa
para nóia
tudo parado e eu ando
do final da Av. Norte
à Conde da Boa Vista
para tudo
para todos
para lisa
para um dia comum
em que a chuva não
para
para lax
para fina
invento para frases
tento parar
quarta-feira, abril 24, 2013
observação
falta pouco
pra quinta
e Recife nem respira
os olhos
magnéticos
na rua
atraem
minha saudade
coisa feita
diria minha vó
como são as
histórias nossas
rápidas
passadas
perdidas
como um olhar
da janela do Caxangá
pra quinta
e Recife nem respira
os olhos
magnéticos
na rua
atraem
minha saudade
coisa feita
diria minha vó
como são as
histórias nossas
rápidas
passadas
perdidas
como um olhar
da janela do Caxangá
domingo, abril 21, 2013
zona norte
aluga-se
um preto sentado na calçada
aluga um tempo
é Santo Amaro
na sombra quente
ele desafia a gravidade
da pressa
e é metafisicamente possível
ver os que passam
como instantes eternos
aluguei aquela sombra
um preto sentado na calçada
aluga um tempo
é Santo Amaro
na sombra quente
ele desafia a gravidade
da pressa
e é metafisicamente possível
ver os que passam
como instantes eternos
aluguei aquela sombra
terça-feira, abril 02, 2013
continum
é num lapso desse que eu vou
vou de viagem
e compro passagem
pra onde passando
tenho tudo e tudo sou
vou de viagem
e compro passagem
pra onde passando
tenho tudo e tudo sou
negrume
no negrume da noite
só a gente anda
escuro como o chão
o betume
o céu
pretos reluzem
a meia noite
iluminam ruas
só eles caminham
uns correm
eu fico
pra ver que risco corre
toda aquela beleza
só a gente anda
escuro como o chão
o betume
o céu
pretos reluzem
a meia noite
iluminam ruas
só eles caminham
uns correm
eu fico
pra ver que risco corre
toda aquela beleza
da falta
do que eu sinto falta
é do que eu menos sinto
ar, carinho, abrigo
Recife me deu asas
faltas, ninhos
saudade é apelido curtinho
pra dor latente
que nem o rio brilhante
sinto tanto
tudo muito
mal cabe num versinho
é do que eu menos sinto
ar, carinho, abrigo
Recife me deu asas
faltas, ninhos
saudade é apelido curtinho
pra dor latente
que nem o rio brilhante
sinto tanto
tudo muito
mal cabe num versinho
quinta-feira, março 21, 2013
Mais um dia pra lembrar e cantar
Apesar do peso desse dia e de todos os acontecimentos dessa semana que passou e que nos mostrou as mais incríveis faces do racismo, homofobia e discriminação, trarei no meu texto uma palavra de força, uma canção de alento e uma visão de dias melhores. Não pelo meu otimismo - que aos poucos tem se apagado com tanta coisa horrenda - mas pelo meus irmãos, os de sangue e os da luta. Por eles que ao meu lado blogam, dão entrevistas, fazem rap na escola ou ainda me indicam lindas canções de amor.
Meu texto pretensioso quer dizer quem fomos e somos: Marleys, Luislindas, Malcons, Ivones, Joaquims, Gabrielas, Leandros, Simonals, Angelas e Ellens Olérias que invadem os lares, os ouvidos, os livros e as ruas. Que hoje visibilizados pela internet ou pelos nossos discursos precisam ser os espelhos, os exemplos de luta e vitória (sim, ainda falta muito, mas já conseguimos algumas coisas).
Apesar de cada aperto no coração ao ouvir declarações desnecessárias ou por não ouvir nenhum pedido de desculpa, me inflamo com o espírito dos ancestrais e escrevo. E falo e canto.
"Tudo isso pra quê, né? O Fraga podia ter pedido desculpas. Era só isso, sabe. Admitir que não teve intenção de ofender, mas que, como ofendeu, se sente muito mesmo. Se o pai dele é negro, ele devia saber como essas coisas doem. E quando a gente machuca alguém, mesmo sem querer, a gente pede desculpa, sabe. Imediatamente. Pisei no seu pé? Desculpa. Não foi por querer, mas desculpa. " Jeanne Callegari sobre o caso Ronaldo Fraga na SPFW
É só dizer que errou humanidade, que a gente faz o resto. A gente tá fazendo mesmo sem o pedido, não é? Juntos já avançamos e não descansaremos enquanto as notícias não forem melhores. Não posso deixar passar nada porque me dói e dói meu irmão, não é Leandro?
Nossas intenções são as melhores e hoje em respeito e homenagem ao meu passado que foi assassinado e hostilizado em manifestações na África do Sul, Brixton ou Alabama eu canto uma canção de esperança e solidariedade. Canto para todas as mulheres negras, em homenagem as rappers, as domésticas da minha rua, canto em solidariedade a moça do Distrito Federal e ao guardador de carro da frente do Paço Alfândega.
Ainda falta muito, mas até aqui me trouxe Luther, Mandela, Mãe Menininha, Spikee Lee, Leila Andrade, Tia Ciata, Elisa Lucinda, Sueli Carneiro, Morgan Freeman, Tupac...
Esse post faz parte da BLOGAGEM COLETIVA PELO DIA INTERNACIONAL PELA ELIMINAÇÃO DA DISCRIMINAÇÃO RACIAL, uma iniciativa BLOGUEIRAS NEGRAS.
terça-feira, março 19, 2013
NOTA DE REPÚDIO AO TROTE RACISTA E SEXISTA NA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG
A Humanidade, se fosse
uma pessoa, envergonhar-se-ia de muita coisa de seu passado; passado este que
contém muitos episódios verdadeiramente abjetos. Enquanto humanos, faríamos minucioso
inventário moral de nós mesmos; enquanto partícipes do que convencionamos
chamar 'Humanidade', relacionaríamos todos os grupos ou pessoas que por nossas
ações e omissões prejudicamos e nos disporíamos a reparar os danos a eles
causados.
Vigiaríamos a nós mesmos, o tempo todo, para que individualmente e enquanto grupo, não repetíssemos nossos vergonhosos e documentados erros. Pais conscienciosos, ensinaríamos as novas gerações os novos e relevantes valores morais que tem de pautar nossas condutas, palavras e intenções.
Dois desses episódios, chagas profundas e fétidas de nosso passado humano, são a escravidão e o nazismo. No primeiro, tratamos outros seres humanos como inferiores; os açoitamos; os forçamos ao trabalho; os ridicularizamos (dizendo que eles eram feios, sujos, burros, seres humanos mal acabados e não evoluídos); procuramos destruir seus laços com a terra amada, sua cultura, sua língua; dissemos que eles não tinham alma enfim. No segundo não era diferente; mesmas ações, alvos expandidos: pessoas negras, judeus, homossexuais. Todos tratados com o mesmo desrespeito.
O tempo passou e como as chagas permanessem, fizemos um meio-trabalho: criamos leis. Leis como a 7.176/89, que qualifica o crime de racismo e depois a Lei 9.459/97 (que inclui o parágrafo 1 no artigo 20 da já referida Lei 7.176/89, mencionando a fabricação e uso de símbolos nazistas). Infelizmente, nem mesmo a força da lei tem sido suficiente.
O que vemos é, em toda parte, ressurgirem graves violações dos Direitos Humanos outrora perpetradoss. O que seria motivo de vergonha vem ganhando o espaços públicos, por meio de recursos custeados pelo Estado; um Estado que se auto declara 'Democrático de Direito'; um Estado que tem como fundamento a DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA (inciso III do artigo 1 da Constituição de 1988).
Sim, foi isso mesmo o que você leu: na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), alunos do curso de Direito (sim, um curso cujo objetivo é formar profissionais que serão essenciais à Justiça e à defesa desse propalado Estado Democrático de Direito) fizeram um trote onde, sob a desculpa de fazer piada usaram saudações nazistas e representações racistas e sexistas.
A notícia, amplamente divulgada na mídia, vocês podem ler aqui: http://vestibular.uol.com.br/ultimas-noticias/2013/03/18/trote-com-saudacao-nazista-provoca-acusacoes-de-racismo-na-ufmg.jhtm
Mas não é só: infelizmente nesses últimos meses, tomamos contato com episódios igualmente repulsivos ocorridos em universidades: na Politécnica (Faculdade da Universidade de São Paulo, também mantida com recursos públicos), vimos alunos divulgarem uma gincana, onde uma das 'provas' era algo cometer assédio sexual.
http://www.feministacansada.com/post/44492821098
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,gincana-da-poli-incentiva--machismo-e-revolta-estudantes-,1004392,0.htm
E isso logo após alunos de uma outra Universidade (também da USP, na cidade de São Carlos) , agredirem manifestantes que criticavam um trote que vilipendiava a imagem feminina.
http://carosamigos.terra.com.br/index/index.php/cotidiano/3104-grupo-protesta-contra-trote-machista-e-e-agredido-na-usp-sao-carlos
Todas essas condutas, perpetradas por alunos que deveriam estar recebendo instruções aptas a torná-los profissionais e cidadãos mais éticos (afinal, é para isso que todos os cursos contém em suas grades a matéria denominada 'Ética'), mostram que beiramos a um perigoso retrocesso no quesito 'Direitos Humanos'.
Sendo os Direitos Humanos imprescritíveis, inalienáveis, irrenunciáveis, invioláveis e universais, efetivos e interdependentes, não pode haver NENHUMA tolerância a qualquer ato ou gesto que os ameaçem.
E é por isso e também por tais atos (perpetrados nas três universidades citadas) constituirem verdadeiro incentivo à propagação de discursos preconceituosos e de ódio, é que os coletivos assinam a presente nota de repúdio, esperando que autoridades constituídas tomem as providências cabíveis para apenar exemplarmente os responsáveis. Leis para isso já existem; mas para que os direitos ganhem efetividade é preciso sua aplicação.
Esperamos também que as pessoas que lerem a presente também façam um reflexão sobre o rumo que nossa Sociedade está tomando. Não queremos o retrocesso. E se você compartilha conosco desse sentimento, dessa vontade de colaborar com a construção de uma Sociedade melhor, não se cale.
Nós somos negros; nós somos mulheres; nós somos gays; nós somos lésbicas; nós somos transsexuais; somos nordestinos; adeptos de religiões minoritárias. Somos as minorias que diuturnamente temos de conviver com o menoscabo de nossas imagens; com atos que naturalizam a violência; que criam verdadeira cisão entre Humanos; que reabrem as chagas e as fazem sangrar. E nós não vamos nos calar. O estandarte, escudo e espada emprestaremos da Themis, a deusa da justiça; usaremos a lei e exigiremos o seu cumprimento.
Aos estudantes de Direito que fizeram uma tal 'brincadeira'repulsiva, lembramos:
'Ubi non est justitia, ibi non potest esse jus' -
Onde não existe justiça não pode haver direito
Vigiaríamos a nós mesmos, o tempo todo, para que individualmente e enquanto grupo, não repetíssemos nossos vergonhosos e documentados erros. Pais conscienciosos, ensinaríamos as novas gerações os novos e relevantes valores morais que tem de pautar nossas condutas, palavras e intenções.
Dois desses episódios, chagas profundas e fétidas de nosso passado humano, são a escravidão e o nazismo. No primeiro, tratamos outros seres humanos como inferiores; os açoitamos; os forçamos ao trabalho; os ridicularizamos (dizendo que eles eram feios, sujos, burros, seres humanos mal acabados e não evoluídos); procuramos destruir seus laços com a terra amada, sua cultura, sua língua; dissemos que eles não tinham alma enfim. No segundo não era diferente; mesmas ações, alvos expandidos: pessoas negras, judeus, homossexuais. Todos tratados com o mesmo desrespeito.
O tempo passou e como as chagas permanessem, fizemos um meio-trabalho: criamos leis. Leis como a 7.176/89, que qualifica o crime de racismo e depois a Lei 9.459/97 (que inclui o parágrafo 1 no artigo 20 da já referida Lei 7.176/89, mencionando a fabricação e uso de símbolos nazistas). Infelizmente, nem mesmo a força da lei tem sido suficiente.
O que vemos é, em toda parte, ressurgirem graves violações dos Direitos Humanos outrora perpetradoss. O que seria motivo de vergonha vem ganhando o espaços públicos, por meio de recursos custeados pelo Estado; um Estado que se auto declara 'Democrático de Direito'; um Estado que tem como fundamento a DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA (inciso III do artigo 1 da Constituição de 1988).
Sim, foi isso mesmo o que você leu: na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), alunos do curso de Direito (sim, um curso cujo objetivo é formar profissionais que serão essenciais à Justiça e à defesa desse propalado Estado Democrático de Direito) fizeram um trote onde, sob a desculpa de fazer piada usaram saudações nazistas e representações racistas e sexistas.
A notícia, amplamente divulgada na mídia, vocês podem ler aqui: http://vestibular.uol.com.br/ultimas-noticias/2013/03/18/trote-com-saudacao-nazista-provoca-acusacoes-de-racismo-na-ufmg.jhtm
Mas não é só: infelizmente nesses últimos meses, tomamos contato com episódios igualmente repulsivos ocorridos em universidades: na Politécnica (Faculdade da Universidade de São Paulo, também mantida com recursos públicos), vimos alunos divulgarem uma gincana, onde uma das 'provas' era algo cometer assédio sexual.
http://www.feministacansada.com/post/44492821098
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,gincana-da-poli-incentiva--machismo-e-revolta-estudantes-,1004392,0.htm
E isso logo após alunos de uma outra Universidade (também da USP, na cidade de São Carlos) , agredirem manifestantes que criticavam um trote que vilipendiava a imagem feminina.
http://carosamigos.terra.com.br/index/index.php/cotidiano/3104-grupo-protesta-contra-trote-machista-e-e-agredido-na-usp-sao-carlos
Todas essas condutas, perpetradas por alunos que deveriam estar recebendo instruções aptas a torná-los profissionais e cidadãos mais éticos (afinal, é para isso que todos os cursos contém em suas grades a matéria denominada 'Ética'), mostram que beiramos a um perigoso retrocesso no quesito 'Direitos Humanos'.
Sendo os Direitos Humanos imprescritíveis, inalienáveis, irrenunciáveis, invioláveis e universais, efetivos e interdependentes, não pode haver NENHUMA tolerância a qualquer ato ou gesto que os ameaçem.
E é por isso e também por tais atos (perpetrados nas três universidades citadas) constituirem verdadeiro incentivo à propagação de discursos preconceituosos e de ódio, é que os coletivos assinam a presente nota de repúdio, esperando que autoridades constituídas tomem as providências cabíveis para apenar exemplarmente os responsáveis. Leis para isso já existem; mas para que os direitos ganhem efetividade é preciso sua aplicação.
Esperamos também que as pessoas que lerem a presente também façam um reflexão sobre o rumo que nossa Sociedade está tomando. Não queremos o retrocesso. E se você compartilha conosco desse sentimento, dessa vontade de colaborar com a construção de uma Sociedade melhor, não se cale.
Nós somos negros; nós somos mulheres; nós somos gays; nós somos lésbicas; nós somos transsexuais; somos nordestinos; adeptos de religiões minoritárias. Somos as minorias que diuturnamente temos de conviver com o menoscabo de nossas imagens; com atos que naturalizam a violência; que criam verdadeira cisão entre Humanos; que reabrem as chagas e as fazem sangrar. E nós não vamos nos calar. O estandarte, escudo e espada emprestaremos da Themis, a deusa da justiça; usaremos a lei e exigiremos o seu cumprimento.
Aos estudantes de Direito que fizeram uma tal 'brincadeira'repulsiva, lembramos:
'Ubi non est justitia, ibi non potest esse jus' -
Onde não existe justiça não pode haver direito
Assinam o presente,
·
Homem Feminista de Verdade - https://www.facebook.com/pages/Homem-Feminista-de-Verdade/458014067568295
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Oyá Feminista - https://www.facebook.com/OyaFeminista
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Ogums Toques – http://ogumstoques.com/
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Catavento –
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Blogueiras Negras - http://blogueirasnegras.wordpress.com
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Preta & Gorda - https://www.facebook.com/PretaeGorda
quinta-feira, março 07, 2013
confissão
tudo dito na cama
tem um álibi
de não estar ali
de não ser o eu
sem culpa nem prova
ninguém testemunha
é um constante
eu quis dizer
ao pé do ouvido
as palavras somem
num silêncio criminal
ditas ao vento
soam marginal
o que se diz ou
se ouve dizer
ninguém prende:
é confissão
é flagrante
sem precedente
tem um álibi
de não estar ali
de não ser o eu
sem culpa nem prova
ninguém testemunha
é um constante
eu quis dizer
ao pé do ouvido
as palavras somem
num silêncio criminal
ditas ao vento
soam marginal
o que se diz ou
se ouve dizer
ninguém prende:
é confissão
é flagrante
sem precedente
quarta-feira, março 06, 2013
terça-feira, março 05, 2013
analogia torta
é uma broca no coração
portal de músculo
arranhão
espremedor de laranja
triturando tudo
buraco negro
buraco oco
é uma porca na alma
estátua do sentimento
corrosão
furadeira de parede
roliça abrindo dentro
buraco oco
buraco bucha
assim que fica quem vai
portal de músculo
arranhão
espremedor de laranja
triturando tudo
buraco negro
buraco oco
é uma porca na alma
estátua do sentimento
corrosão
furadeira de parede
roliça abrindo dentro
buraco oco
buraco bucha
assim que fica quem vai
segunda-feira, março 04, 2013
segredado
um céu aqui na terra
foi o que trouxeste
não me fiz de rogada
aceitei seus pés, pernas
fizemos um altar, cantado
bem alto com meus apelos
e os implacáveis sussurros
viraram trovões hoje
somos sagrados, sabias
seremos sempre ali
rei e rainha letal
convulsivamente felizes
o eterno louvor registrado
nas tramas da nossa pele
no dormir sossegado
no encaixe perfeito
é nenhum sacrifício
é só volta ao nosso passado.
foi o que trouxeste
não me fiz de rogada
aceitei seus pés, pernas
fizemos um altar, cantado
bem alto com meus apelos
e os implacáveis sussurros
viraram trovões hoje
somos sagrados, sabias
seremos sempre ali
rei e rainha letal
convulsivamente felizes
o eterno louvor registrado
nas tramas da nossa pele
no dormir sossegado
no encaixe perfeito
é nenhum sacrifício
é só volta ao nosso passado.
sexta-feira, fevereiro 01, 2013
apertão
com o tempo a gente aprende
a sofrer baixinho
"canta essa pra mim"
era muito mais legal
quando era pessimista
sem tristeza tola
com certeza do azar
com errata cheia de amor
"ligar ou não"
é nada de bom sem sofrer
a filosofia que colou
é a ancora no meu pé
a espera infinita da senha
tô desistindo:
passa pra cá minha alegria
chega de tanto esconder
a sofrer baixinho
"canta essa pra mim"
era muito mais legal
quando era pessimista
sem tristeza tola
com certeza do azar
com errata cheia de amor
"ligar ou não"
é nada de bom sem sofrer
a filosofia que colou
é a ancora no meu pé
a espera infinita da senha
tô desistindo:
passa pra cá minha alegria
chega de tanto esconder
terça-feira, janeiro 29, 2013
cais
as linhas de luz repartidas
as lágrimas, jus da saída
o cheiro do abraço
o dengo do amasso
a chave do peito que acerta
e a revolta.
Ah, que volta o mundo!
o amor para e torna
a cor que une é nossa
a dor sentida no amor
de partida, endossa
as lágrimas, jus da saída
o cheiro do abraço
o dengo do amasso
a chave do peito que acerta
e a revolta.
Ah, que volta o mundo!
o amor para e torna
a cor que une é nossa
a dor sentida no amor
de partida, endossa
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