terça-feira, janeiro 12, 2010

quartos

o calor dos seus dedos
são vistos de longe
das janelas do quinto andar
onde o rebolar percorre
o menor gesto vulgar

úmidos são os pés encontrando
os meus tão perdidos
suspiros implacáveis
por sobre a varanda escura

que pena pois sei
do adeus iminente
tal qual ligeiro o
vizinho viu

desfazendo os sonhos
os laços
e os zípers
dos quartos do primeiro andar

6 comentários:

jorginho da hora disse...

Lari, Lari,Lari, esse poema tem um jeitinho de veracidade que me deixa com a puga atrás das oreha.

Olha, eu fiquei um pouco afastado da net e agora estou retornando.

Mil beijos !

ana f. disse...

poema bonito, hein, moça!! como todos que vocÊ faz!! concordo com o jorginho... tem jeito de veracidade.. hehe..

Marcela disse...

janelas indiscretas da vida...

marcos assis disse...

nossa... esse foi foda, muito bom, lindo, honesto, (etc, etc etc)!
concordo com eles!
beijos

Ingrid disse...

Que delícia nessa vida... Uia!

george araújo disse...

ui delícia!
beijos
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