segunda-feira, novembro 20, 2006

A espera

Amanhece e depois de toda uma madrugada.
A manhã vai passando veloz e ao mesmo tempo lenta,
Mostrando os aromas e cores da cidade que nos prende
E nos libera em seu caos.
A tarde é só um prolongamento da manhã.
Não se percebe a transição para ela já que o fluxo do tempo
Permanece o mesmo: lento e rápido.
À espera do tempo marcado, que nao pára pra essa marcação,
A natureza se aflige, o carro demora, o sinal fecha, o menino chora e a cidade desacelera. Nada passa, somente o tempo.
É chegada a noite, devagar ela chega,
Quase imperceptível, se não fosse a fresta da janela
E ela também lentamente e rapidamente passa, no silêncio da cidade e com o ruído do relógio tic-tac.
É a espera de alguém que não chega, do momento que não pára, que sempre estamos a correr, correr e parar.
É a espera do grande momento, encontro com a felicidade que estamos a correr, correr e chegar.

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