não mencionarei as janelas
corriqueiras, cotidianas
não serão poesias os passos
nem tampouco os beijos
motoristas
malucos
merecerei julgamentos
escárnios, lamentos
apagões, denegações
esquecerei meus elementos
minhas espumas
minhas palavras
e ficarei vazia
despreenchida
esquecerei de quê se escreve
esquecerei de viver
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