eu
que sinto fome
depois de comer
não sei como
me sinto
diante de uma
dor que dói
como soco no estômago
eu
que "nem preta sou"
sento e choro
na frente
de gente
q não se parece
com a minha
eu mesma
filha de Maria
neta Carmela
bebi raiva
com balas de ódio
escolhido
sabor gengibre
Procendimento de
Rotina
Racista
sentei
ruminei
chorei e
vomitei
vingança
em forma de
poesia-metralhadora
palavra-açoite
escrevi pra não morrer
terça-feira, dezembro 20, 2016
poesia velha
anoiteceu
meu corpo sobre
o seu
a morte ronda
a igreja
a rua
a gente
e meu corpo
no seu lombra
sempre
meu corpo sobre
o seu
a morte ronda
a igreja
a rua
a gente
e meu corpo
no seu lombra
sempre
para signos de ar
voar me aflige
como pensar
em você
faz o coração
tipo turbina
acelera depois
para
interrompe
igual voz
de tripulação
nervosando
o nervoso
penso alto
você
lá do céu
vejo seu olhar
cidade
meu conflito
minha casa
meu caos
como pensar
em você
faz o coração
tipo turbina
acelera depois
para
interrompe
igual voz
de tripulação
nervosando
o nervoso
penso alto
você
lá do céu
vejo seu olhar
cidade
meu conflito
minha casa
meu caos
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