quarta-feira, julho 29, 2009

poesia de dois

Fuçando os papéis por esses dias, encontrei os poemas de minha amiga Carla Mattos jogados junto aos meus e me lembrei do nosso projeto poesia de dois, que pretende sair do papel.
Prometo fazê-lo conhecido de vocês, mas por enquanto confiram uma poesia dessa moça encantadora, a quem primeiro mostrei minhas tentativas de poesia.

Não me importa sua gravata
Nem mesmo a cor do seu terno
É lamentável e sem graça
Saber do óbvio desse inferno
O inferno que você causou
Quando eu acreditei em você
Me joguei, fui à luta
Levantei bandeira, pra que?
Pra rir de mim e de todos nós
Me deixar com fome
apagando a estrelinha
E eu apertando meus nós
Porque estou emagrecendo
Enquanto você folga os da tua gravata
Afogando suas magóas
Num copo gordinho de uísque

Mas suas barbas estão de molho
Todo mundo tá de olho
você vai ter que explicar
Ter que parar de voar
Suas horas estão contadas
Estamos de mãos atadas
Você não vai poder dizer:
Esqueçam tudo que escrevi


Carla Mattos, sem título

sexta-feira, julho 24, 2009

quarta-feira, julho 08, 2009

de repente

sem palavras cada momento junto
e mil vontades no instante que some
sobe sai e fica pra sempre
o calor superficial das mãos que sentem
as digitais são iguais as que ficaram por anos
3 anos?
o tempo parece não passar para um amor passado
o tempo parece não passar para um amor passado
tudo igual dentro e fora aqui e lá passado e presente
as palavras surgem cuidadosas como antes
a vontade que não some substitui o medo
os olhos distantes do lugar frio são seus
o beijo entre o nariz e a boca ficará para os próximos
anos
3 anos?